sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Eclipse

Eu não nasci.
Eu germinei pelo sol, pela lua. A Natureza foi minha mãe bendita, embora seja ela que me destrua. Pois ela trás consigo a maldição os que amam sem saber.
Trás na madrugada o sonho da vida
e o pranto quando chega o anoitecer.
Ela me leva por caminhos inseguros
por onde minha alma fica perdida.
Por tantos caminhos sinuosos
onde sempre estou deprimida. Assim espero o vento derradeiro que venha dessa vida me arrancar. Espero a chuva e a geada
para desta vida me levar. Pois eu nasci com a madrugada com a lua e com o sol a me aquecer. Da lua herdei a beleza distante e do sol o fogo que destrói o meu Ser. Assim fui pecadora como Madalena que reconheceu seu erro a tudo renunciou. mas eu não renuncio a nada
pois foi o sol e a lua quem me gerou. E assim eu nasci com a maldição
dos que não sabem o que realmente querem ser
Só sei que a minha sorte é ingrata
e até me alegro pensando que vou morrer.

2 comentários:

Paula Kelsch disse...

Eu gostei muito desse texto, é triste, é verdade, mas gostei... ;)

Anônimo disse...

"Um lencinho não dá pra enxugar o rio de lágrimas que eu tenho pra chorar..."
Só cantando essa pra valer a leitura de suas chorosas poes...rsrsrs
Passando pra deixar um abraço Fênix.

Luar