Sou um palhaço que caminha pelas ruas escuras
carregando nos ombros o peso de um amor antigo.
Debaixo de minha maquiagem escondo um rosto triste
e um coração amargurado e combalido.
Meus passos são lentos e a cabeça abaixada
esconde as lagrimas que teimam em cair.
Mas se alguém cruza comigo e me olha
imediatamente meu rosto se transforma em um sorrir.
Meus braços pendidos ao longo do meu corpo
por muito tempo desejaram abraçar outro alguém.
Assim como minhas mãos que levavam flores com carinho
hoje vazios, não entregam ou dão nada a ninguém.
Outrora sem a pintura sobre meu rosto e olhos
qualquer pessoa ao me olhar, de desvairada me chamaria,
pois eu caminhava alegre e feliz carregando sonhos
e nas minhas estradas eu jurava que existia só alegria.
Mas o tempo se encarregou de tirar-me as flores.
Dos meus castelos de sonhos, nem cinzas restaram.
Assim tornei-me uma andarilha sem ter para onde retornar;
Um palhaço que insiste em cantar o amor lhe negaram.
Por isso sou tida como tola e insana por muitos.
Eu ate que os entendo porque somente eu sei a razão,
de prosseguir nessa vida aguardando um amor
que pela eternidade prendeu o meu coração.
No entanto cada vez que eu olho para o céu
e vejo refletido nas estrelas o brilho daquele olhar,
reconheço que através das eras infindáveis
Nenhum comentário:
Postar um comentário