Rompi
minhas amarras, rasguei meus verbos.
Lancei
ao espaço meu sonho e a minha esperança.
Gritei
ao mundo a minha angustia e desolação.
Sozinha
em meio a noite, chorei como criança.
Rasguei
as folhas soltas de minhas poesias.
Letras
rabiscadas em folhas amareladas eu queimei.
Olhei-me
no espelho e vi refletido só a minha dor.
Percebi
que nada restou de tudo que um dia eu sonhei.
Meus
olhos inchados retrataram a minha amargura,
nem foi
preciso uma poesia para à expressar.
Qualquer
pessoa perceberia a solidão em mim estampada,
afinal
de contas sua sombra, é nítida em meu olhar.
Mas
mesmo assim continuo seguindo pelas ruas
e em
meio a pessoas, sem me importar, eu choro!
Afinal
a angustia agora é a minha companheira;
Sim! A
dor é minha., e dela eu me assenhoro.
Podem
rir e me apontar com o dedo.
Zombem
e digam lá vai a tola inveterada.
Entregou
seu coração e se deu sem pensar no depois;
amou
demais e hoje segue só a sua estrada.
Podem
fazer alvoroço, piadas ou comentários,
desta
romântica aparvalhada podem todos debochar!
Cochichem
uns com os outros quando comigo se depararem.
Mas
digam com certeza:
ELA TEVE A CORAGEM DE AMAR.
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