sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Ave Ferida




Rompi minhas amarras, rasguei meus verbos.
Lancei ao espaço meu sonho e a minha esperança.
Gritei ao mundo a minha angustia e desolação.
Sozinha em meio a noite, chorei como criança.

Rasguei as folhas soltas de minhas poesias.
Letras rabiscadas em folhas amareladas eu queimei.
Olhei-me no espelho e vi refletido só a minha dor.
Percebi que nada restou de tudo que um dia eu sonhei.

Meus olhos inchados retrataram a minha amargura,
nem foi preciso uma poesia para à expressar.
Qualquer pessoa perceberia a solidão em mim estampada,
afinal de contas sua sombra, é nítida em meu olhar.

Mas mesmo assim continuo seguindo pelas ruas
e em meio a pessoas, sem me importar, eu choro!
Afinal a angustia agora é a minha companheira;
Sim! A dor é minha., e dela eu me assenhoro.

Podem rir e me apontar com o dedo.
Zombem e digam lá vai a tola inveterada.
Entregou seu coração e se deu sem pensar no depois;
amou demais e hoje segue só a sua estrada.

Podem fazer alvoroço, piadas ou comentários,
desta romântica aparvalhada podem todos debochar!
Cochichem uns com os outros quando comigo se depararem.
Mas digam com certeza: 
ELA TEVE A CORAGEM DE AMAR.

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