segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Fel

Que as flores caiam sobre o solo, mortas.
Que nos jardins dos sonhos nada reste a não ser desolação.
Que minha alma transmita nas letras meu desespero,
que meus versos expressem a minha dor e solidão.

Que cada lagrima que verter pelos meus olhos
sulque em minha pele marcando a angustia que sinto.
Que quem me ver enxergue a amargura que carrego no peito
e nele reconheça que são restos de meus sonhos, hoje extintos.

Que as asas que um dia me levaram ao infinito
sejam pelo vento arrancadas uma a uma, sem dó.
Que o tsunami de tristeza converta meu pranto em areia,
que carregue minha vida transformando-a em pó.

Que as ilusões que um dia me fizeram sentir a vida pulsando
e por amor ate as estrelas me fizeram voar.
Sejam arrancadas de meu Ser como espinhos venenosos
que nada reste de ternura para nunca mais eu me enganar.

Que eu seja transformada em pedra dura e fria
e no lugar do coração eu passe a ter um bloco de gelo.
Que eu nunca mais diga a alguém eu te amo.
que eu nunca mais sinta em mim essa dor, esse desespero.

E se por acaso um dia você ler esses versos
e nas entrelinhas puder ler o seu nome escondido.
Reconheça que eu te amei mais que a minha própria vida
e que foi um pena, a esse amor voce não ter correspondido.

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