Vou pela noite cambaleante e com mente entorpecida.
Por horas beberei a taça das ilusões em braços estranhos;
Fugirei através do barulho frenético da musica
para aplacar meu coração e ensurdecer seus reclamos.
Para que ouvir ele me dizer que esta cansado de ser so;
Para que deixar que um novo olhar o prenda sem temor.
Se depois o que restara serão fragmentos de sonhos?
Castelos destruídos, lagrimas, tristeza e dor!
Não quero mais a ilusão de um amor perfeito
e mesmo que seja uma fuga e declaração de covardia;
não permitirei que meu olhar tente ver a alma de outrem
porque não quero mais sonhar com um lampejo sequer de alegria.
Não vou deixar me iludir com quimeras e abraços;
Meu riso esconderei na frieza do meu olhar.
Deixarei que quem se aproxime de mim sinta
que em meu peito existe um bloco de gelo a reinar.
E caminharei pelas ruas escuras cabisbaixa
levando minhas mãos cerradas para não as estender;
para qualquer estranha que cruzar comigo nesta estrada
e sulpicando lhe pedir: Me ensine novamente a viver.
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