A madrugada canta em
silencio uma suave canção
que trazida pelo
vento parece ao mundo anunciar.
Que o dia que está
raiando traz consigo a melancolia
que nem mesmo a
claridade do sol consegue disfarçar.
Enquanto a lua se
despede da noite companheira
que permitiu que seu
brilho acalentasse corações.
Pego uma folha em
branco e rabisco essas palavras
perpetuando dessa
forma as minhas emoções.
Pois em palavras eu
exponho e retrato minha alma
e não para ter dos
outros, piedade ou compaixão.
Essa é a forma que
eu escolhi para registrar minha vida
declamando em versos
aquilo que vai no meu coração.
Por isso sou tida
como tola, romântica e apaixonada
que se tornou piegas
por cantar a um amor que perdeu;
Dizem que meus
versos são só de dor e tristeza
e que hoje quem vive
na verdade já não sou eu.
Eu insisto em
explicar para quem lê os meus poemas
que minhas rimas não
são só lamento e agonia.
Eu falo do maior
sentimento que alguém pode sentir
muito embora todos
saibam que isso não é alegria.
E é por isso que eu
uso as palavras para cantar o amor
colocando em versos
e rimas o que me invade o peito.
Assim vejo mais um
dia nascer pela janela de meu quarto
enquanto
que quem me inspirou, dorme em meu leito
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