terça-feira, 22 de setembro de 2015

Enterrando meus sonhos.





Me deixe enterrar meus sonhos sem lágrimas
enrolados no manto do esquecimento e sem dor.
Quero velar as esperanças que tive e perdi
e deixa-las como troféus erguidos em nome do amor.

Não me apontem com o dedo ou zombem se me calo;
eu sei que todos sabiam que seria desta forma meu fim.
Como ave que se rendeu entreguei minhas asas e livremente
mantive-me presa a quem nunca quis saber de mim.

Mas não pensem que isso diminui meu sentimento.
Sou tola, apaixonada e romântica pois assim nasci...
morro todos os dias na espera se uma só palavra dela;
procurando em cada segundo reviver o que ao lado dela já senti.

E quando me olho no espelho não me reconheço;
distante dela perdi o viço e a alegria da minha mocidade;
Hoje carrego a vida como um fardo tão pesado
que quem me vê diz que tenho o triplo da minha idade.

Mas não escondo o amor e a saudade que trago em mim
e isso fica claro demais na minha noite triste e cheia de dor.
Pois choro abraçada ao travesseiro soletrando o nome dela
ouvindo meu coração dizer que ainda é dela o meu amor.

E mesmo que nunca mais eu fique frente a frente com ela
a ninguém darei o amor que ela não quis e rejeitou.
Porque eu sei que um dia lá da eternidade ela verá
que ninguém mais neste mundo, mais do que eu, a amou.

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