sábado, 16 de julho de 2016

A Cigana



A Cigana

Cabelos longos e soltos pelas costas
No olhar negro, um brilho sedutor
Dançando embriaga-me mais que um vinho
Enquanto que bebo teus traços como um beija–flor.

Seu traje esvoaçante e semitransparente
Ao som de palmas a girar
Acende em mim desejos loucos e ardentes
Que como fogo faz meu sangue, nas veias acelerar.

E quando sorrindo se aproxima de mim
Nem percebe que meu coração se acelera
Não sabe que tremo ao sentir teu perfume
E que ouvir sua voz minha alma espera.

E os rodopios envoltos na sua sensualidade
qualquer resistência minha, vão minando
deixo-me levar pelos teus encantos e mistérios
e sem querer percebo que fascinada fico te olhando.

E quando dançando vem bem ao meu lado
Pega minha mão e diz que meu futuro vai ler
Será que não percebes oh minha linda Cigana
Que bastaria olhar-me, nos olhos para ver?

Nem precisaria ter o dom da adivinhação
Para saber que meu coração por você bate mais forte
Talvez por isso você sorria tão maliciosa
E diga... “eu adivinho tua sorte”.

Quem dera que os deuses do povo rom
Por mim tenham grande compaixão
E deixem que essa filha romani faceira e bela
Reconheça sua outra metade em meu coração.

Pois acredito estar escrito nas estrelas
Que você é a mulher reservada-me pelo destino 
Que nas linhas de minha mão você veja isso
Ou então por favor livrar-me de seu feitiço.

Pois meu corpo na sua presença se acende
Tal qual a fogueira que faz seu corpo ondular.

Ah linda mulher, filha do povo Cigano,
Confesso que estou a te amar.

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