Hoje a saudade me acordou de mansinho
Fazendo lágrimas pelo meu rosto rolar.
Ela sussurrou seu nome em meu ouvido
e me disse baixinho: ela não vai mais voltar.
Com pena de mim, seu brilho escondeu.
Grossas nuvens escuras se formaram no céu
e junto com meu pranto, a chuva verteu.
O vento que estava calmo e suave
vendo como era grande a minha amargura,
forçou as arvores arrancando suas folhas,
varrendo a terra, tornou a paisagem escura.
As aves que saudavam o dia que nascia alegre,
Refugiaram-se, apressadas em seus ninhos.
Guardaram sob suas asas seus filhotes e pelo medo
a aflição dava para ver em seus olhinhos.
A flor que banhada de orvalho desabrochou,
com o peso das gotas da chuva que sobre ela caiu,
deixou que suas pétalas maltratadas e feridas
fossem levadas pelo vento forte que a terra cobriu.
O dia então retratou a minha amargura
e fez que meu coração, no pranto se acalmasse.
E eu fiquei olhando a chuva que batia na janela
até que de meus olhos nenhuma lágrima restasse.
Por reconhecer que teu amor minha vida preencheu
Ele devolveu-me a esperança que eu já não possuía
Por isso eu reconheço, viver esse amor, muito valeu.
E assim como a tempestade que se foi
Minha alma encontra a paz após tanto chorar.
Eu te amo e não me envergonho desse sentimento
e mesmo que você não volte, eu continuarei a te amar.
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