quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Duelo: Coração versus razão.


Hoje meu coração me questionou de forma diferente
perguntou se eu já vi uma planta sem raiz;
Se pode o peixe viver fora da água;
Se eu posso viver, fingindo ser feliz.

Perguntou se existe estrela sem o céu ser noturno;
e se pode a vida existir sem o oxigênio para se respirar.
Quis saber de mim se uma abelha faz mel sem polem;
se os pássaros podem, sem as asas voar.

Ele insistiu em seus questionamentos
e nem me dava tempo para com ele debater.
Pois queria saber se sob a terra existira a relva,
se acima dela não houvesse as nuvens, para chover.

Depois de tantas perguntas se calou
e deixou umas lagrimas furtivas sobre meu peito cair.
Falou que tais perguntas apenas refletem seu desespero
por não entender o porque que neste amor fico a insistir.

Afinal eu vivo buscando a presença dessa mulher
que vive longe e as vezes parece nem comigo se importar.
Que as vezes ele se sente tão solitário e amargurado,
que acha que é melhor é própria vida abortar.

No fundo eu entendo esse meu coração entristecido
pois tem tanto amor que quase não cabe dentro do peito.
Ele na verdade é o reflexo de uma alma perdida
que por tanto amar, soluça desesperado em seu leito.

Mas eu sei que ele no fundo entende essa minha alma
que mesmo sofrendo não consegue esse amor esquecer.
E embora muitas vezes ele me fale que esta cansado
ele reconhece que a vida sem ela, é sinônimo de morrer.

E assim minha alma e meu coração as vezes duelam
na tentativa de me fazer viver de forma menos emocional.
Mas meu coração que sempre foi pássaro livre, mesmo sem vontade
fez dos olhos de minha amada, seu sistema prisional.

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